O ser invisível. Escondidinho, caladinho e, e muito, muitíssimo dissimuladinho. Não se manifesta. Intriga. Mofa no grupo, mas quando confrontado retrai-se. Não assume o erro próprio, porque é conceito que desconhece. É ser focado. Jamais em questões como a justiça, solidariedade, autonomia, independência.
Eis o Conforto. Eis o Deus dos tempos. Enquanto houver genocídio, extermínio pela fome, condições de vida miseráveis, derrube de casas e barracas cá e lá, nunca se levantará. Pelas férias na praia da moda, o golo que não foi, a festa onde ‘todos estão’, aí o invisível é ganda campeão.
Mas, jamais deixará de ser um espantalho nas mãos de muito poucos, controlando territórios e aspirações que jamais serão deles.
IMBERBE | Trabalha nas dobras, o som esquece a sua forma e o tempo desliza.
A música move-se como uma memória recordada tenuemente: loops desagregados, vozes afogadas em grãos e gravações de campo arrastadas.
O seu segundo álbum, ‘Presence’, lançado pela Altamira, sustenta-se em gravações de campo nos Alpes Austríacos e em Bregenz, com o seu sequenciamento inspirado na novela ‘A Shining’, de Jon Fosse. ‘Presence’ é uma passagem por salas de tempo congelado.
Sem centro
Somente ecos e erosão.
Meia-luz
Arrastando-se lentamente.
Imberbe
imberbe.bandcamp.com | soundcloud.com/imberbe1 | instagram.com/imberbe___
NOKYA F@D@S | Partindo da premissa de que o globo está tomado pelo Populismo, Totalitarismo e Oligarquia, e, face aos Apocalipses Jr. que são agora norma no planeta antropocénico, iremos utilizar características criativas e intelectuais em extinção, com o intuito de sublinhar o retrocesso civilizacional que atravessamos: Naturalismo, Humanismo e Saber Adquirido serão as nossas ferramentas conceptuais, para, através das noções de ‘Dissonância Cognitiva’, ‘Thought-terminating Cliché’ e ‘Dessensibilização Cívica’, propor, através do exercício daqueles avanços que tomámos como garantidos, a luta pela permanência dos mesmos nos espectadores e sua desejável/consequente proliferação.
Para o efeito, iremos aplicar ao Texto, Som e Imagem aqueles Leitmotiv, esculpidos e polidos durante a semana anterior ao evento; por entre as gentes, os vales, montes e planícies do rio Mondego, além das bibliotecas da cidade de Coimbra.
Just)JaeckiN)OW | Desde cedo fascinado pela música, Nuno Patrício construiu um percurso que cruza som, identidade e estética visual. Em 2000, fundou o duo Orson & Welles com Marco Guerra, conquistando reconhecimento pela versatilidade do seu som. Dez anos depois, iniciou o projeto a solo Just Jaeckin, com o qual atuou em clubes de referência em Portugal e no estrangeiro, como o Dorian Gray (Argentina) e o Golden Gate (Berlim).
Membro fundador da FUNGO (2011), criou eventos como Orange e Locomotiva, apoiando artistas emergentes. Integra também o Ballet Statique (2014), que cruza música, performance e artes visuais. Em 2016, cofundou a editora Fungo, dedicada a edições singulares em cassete com colaborações de artistas visuais, sendo ainda responsável pela direção gráfica dos seus projetos.
fungo.pt | instagram.com/fungolabel | instagram.com/nunopatricio_
Entrada reservada a sócios
Contribuição sugerida | 04 euros
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